quinta-feira, novembro 03, 2005

 

Partes

Só te sendo
Já aos poucos
Não me sinto

Sinto muito
Melhor, adsinto
Adjunta que sou
(Sempre tão perto)

Absinto-me
Abstenho-te
De Mim

Perdida em não me ter
Meus olhos me procuram
Na tua retina

Tua boca
Me move
Me sobe
Te sabe
Sem te abrir

Meus braços
Me alcancei
Já te serei

E antes disso
Me terás.

Comments:
texto superiormente conseguido; encanto-me de ti...

ainda atento ao primeiro terceto, difícil tirar os olhos
 
De facto, é de ficar sem palavras, minha cara... que delícia. Parabéns pelo momento sublime.
 
Apenas posso agradecer, e esperar que a inspiração e o fluxo voltem...

Obrigada mesmo pelo incentivo, faz-se necessário quando em vez e obriga-me, de certa forma, ao retorno a este exercício, quase ofício, mais que primordial. :-)
 
sem palavras...ou melhor, apaixonante, como sempre...
Retorno grandioso, bom ver-te "em forma" novamente.
Bom ler-te.
Que bom :)
E Olá ;)
 
Sinto seu poema como vapor de um bule em que se prepara o chá: inspira, prenuncia, flutua.

Espero que seu chá nos Pirineus esteja tão bom quanto o meu no Canadá.
 
Pedro: Olá, melhor ainda ler-te. :-) Bom retorno, bienvenido... E a ver se a forma se mantém...

André: Ainda tenho algumas etapas (menos grandiosas que as suas, devo admitir) até chegar ao meu chá. Ou aos Pirineus... A ver até onde sou conduzida. Obrigada!
 
Gostei bastante do texto ;)
Mas n sei se gosto do que, para mim, tentas exprimir!
 
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