sexta-feira, junho 03, 2005

 

Mañana

Não leia se estiver sem paciência, sem tempo ou os dois. Bobeiras matinais, nada relevante.

Agora tentando entender o que não se pode entender, sem sentido e com sentir. Suena flamenco ao fundo. Sugestões, nada muito além. Pretensão tentar encontrar forma de expressão para isso, pretensão tentar fazer deste um texto inteligível. Não é para ser, é fluxo. Fluxo tem que ser respeitado. Nem sempre seguido, mas respeitado. Para ir contra ele, de forma razoável, temos que entender e conhecer. Isso é respeito? Provavelmente...

Necessidade. Sem conceitos, por ora. Mas queria, queria que você pudesse acompanhar parte disso, mesmo que por meio de um texto que não deve fazer o menor sentido. Confusa, o que legitima a arte? De certa forma, a mesma coisa que legitima o sentir.

Meus três elementos, cinema, literatura e música. Que pretensão, meu deus. Pode se cansar, não são meus. Desde quando uma pessoa de números pode dizer que esses são seus elementos? Sou números, palavras, sentir, pensamento? Ou nenhuma das anteriores, procurando minha resposta, tantas respostas, que vão ficar sem perguntas e outras tantas que eu não vou conseguir juntar com as perguntas...

Cada pessoa tem sua expressão nos elementos. Ou deveria ter, ou a minha mania de categorizar coisas e definir me obriga a isso. Tentativa de ter controle, que nunca tenho. Sou levada, na maioria das vezes, pouco decido. Só não gosto de ter que lembrar isso sempre.

Conforto. Hoje você é flamenco. É cinema em preto e branco, talvez meio Chaplin. Mas eu não gosto de Chaplin, na verdade achava bem bobo. Até que fiquei naive (ou mais sofisticada, sei lá...), e agora gosto de alguma coisa. Por isso mesmo deve fazer sentido... Mas ainda falta um elemento, e estranhamente eu quero saber qual é.

Comments:
Qual será o elemento que te falta?

Acho que se escrevermos muitas vezes essa pergunta a resposta não vai fugir tão rápido de nós...

Gostei muito do texto. Só diria que o «sentir» não precisa de ser legitimado, ele apenas existe e não há nada a fazer. A arte requer sentimento mas isso não basta. Mas a «nossa arte» é aquilo que quisermos e ninguém tem nada com isso.
 
Garota, não há nenhuma incoerência em ter essa multidimensionalidade, o complexo fascina mas também atormenta por que faz pensar, e pensar nos faz tentar ver sentido, enxergar através...sim, tenha conforto no que você é hoje, tente entender seus caminhos, controlar seu sentir sem matá-lo, mas não espere compreendê-los completamente. Acredite em alguém que já pensou muito e pode te dizer: viva.
 
Realmente, talvez o elemento que te falta seja o criar, nas letras, e não se pode fugir muito tempo do que é necessário, não é ;)? Este blog é um movimento nesta direção, buscando-se naquilo em que você talvez ainda não se completou: nas artes (seria a economia o lado da ciência?). Algum sentido nisso?
 
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