segunda-feira, junho 06, 2005

 

sentir-te, sentirti

não escrevo cartas porque todas hão de ser ridículas.

um comentário seu faz-me subir o sangue
(corar)
um lembrar de você faz-me entrever os dentes
(sorrir)
um som seu faz-me fechar os olhos
(sentir)
um olhar seu faz-me o soslaio converter em mormaço
(cerrar)
um acorde seu faz-me a voz despertar
(cantar)

haveva bisogno de sentirti

Comments:
Na mosca, garota. Não só em relação ao poema, muuuito belo, mas também quanto à sua repercussão :P
 
Dani, aproveitando a crítica do Guilherme, eu penso que, sem referir-me especificamente a este poema, às vezes você complica desnecessariamente o seu texto, em geral na sua prosa. Sabe que a profundidade não está obrigatoriamente relacionada à complexidade com que a linguagem é empregada - inclusive pode atrapalhar. Um certo equilíbrio é necessário. That's my two cents :).

Relacionado a isso, eu particularmente acho a web um meio mais condizente com uma linguagem clara, inclusive por que a leitura no computador não me é nada prazerosa. But that's me. Por favor, sem respostas oito-oitocentistas do tipo: "ah, você quer que eu faça um texto facinho, sem graça" hahahah :P
 
tiago: "para economista"... soa um bocado condescendente. mas sim, concordo completamente com a relação de escrita e (auto-)análise. e claro q isso levanta outros problemas, a constante síndrome de zuckerman...

pedro: merci, como sempre, pelos comentários! mas qto a ler pela tela, ainda não me adaptei à nova linguagem, o q mostra, sim, um certo desconsideração com o leitor. mea culpa...

guilherme: comentários anotados, analisados e algumas mudanças feitas. obrigada! :-)
 
daniela, nada condescendente, quando muito algo vaidoso, dado eu próprio ser economista...

não queria dizer nem 1) que o que escreveu é "bom" mas "seria melhor ainda" se não fosse economista; nem 2) que o que escreveu "não é muito bom" mas tem a "desculpa" de ser econmomista.

só queria fazer algum humor que pelo vistos não resultou, mas não tem problema, fica aqui o esclarecimento: sua escrita me agrada, muito, e apenas anoto a curiosidade "estatística" de ser economista, dado que - não pode negar - entre economistas a probabilidade de encontrar alguém que escreve 1) bem e 2) com sensibilidade é MENOR (não zero claro) que noutras profissões.

só isso meu bem, nada de condescendência.
 
ah, eu tirava a frase inicial, apesar de ter muito sentido... acho demasiado apelativa ao Pessoa.

e intervalava os "faz-me" com "me faz" para dar uma musicalidade mais fluída. começando no "faz-me"

só sugestão em jeito de seguimento ao comentário do guilherme
 
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